“A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.”

26 de abril de 2008

Lamego - Douro - Portugal







Sé Catedral


Torre românica, até à altura dos sinos (séc. XII-XIII), possuindo frestas interessantes do mesmo período, com especial destaque para a notável fresta que se abre do lado nascente (ver Tesouros Artísticos). A Torre serviu de cadeia por muito tempo, até que o Bispo D. Frei Feliciano de Nossa Senhora resolveu retirar o cárcere por o considerar "tenebroso".
Na fachada podem admirar-se três notáveis pórticos de influência gótica, magnificamente lavrados, notando-se nos dois laterais já influência do período renascentista. (
ver Tesouros Artísticos)
As portas robustas, almofadadas, são valiosos exemplares da marcenaria portuguesa. No interior, as abóbadas das naves apresentam coloridas pinturas de Nicolau Nasoni, representando passagens do antigo Testamento. (
ver Tesouros Artísticos)
No altar-mor existe uma boa pintura em tela representando Nossa Senhora da Assunção. Na Capela do Santíssimo, três magníficos altares de talha dourada (séc. XVIII), possuindo cada um deles uma pintura em tela. Sobre o altar do transepto, do lado norte, está uma excelente tela representando S. Miguel Arcanjo, embora seja uma cópia de Guido Reni. Na Sacristia existe uma bela imagem, em madeira policromada, de Nossa Senhora da Vitória (século XVI);
No coro alto podemos admirar uma bela imagem de Cristo na Cruz sob uma vistosa armação em talha. Também aqui existe uma bonita imagem de Nossa Senhora da Conceição – escultura portuguesa em madeira estofada do século XVII.
O claustro, concluído em 1557, apresenta quatro grupos de arcos do período de transição do gótico para o renascimento. Neste espaço, junto à arcaria do lado nascente, existem duas capelas mandadas construir pelo bispo D. Manuel de Noronha, no século XVI, uma de invocação a S. Nicolau e outra a Santo António. Estas capelas apresentam altares de boa talha sendo as paredes laterais, da capela de S. Nicolau revestidas de magníficos painéis cerâmicos (séc. XVIII) referentes a S. Nicolau. Ambas possuem admiráveis portões em ferro forjado, da melhor serralharia portuguesa.

Classificação: MN - Monumento Nacional

25 de abril de 2008

Peso da Régua - Douro - Portugal


Peso da Régua - Douro - Portugal.



Lamego - Portugal




Cidade de Lamego


Cidade e sede de concelho do distrito de Viseu, situa-se na margem esquerda do rio Balsemão, no sopé nordeste da serra de Montemuro, 12 km a sul do rio Douro. Povoação de origem muito remota era um núcleo muito importante e chegou a ser sede de bispado no período suevo (século VI) e visigótico. Foi reconquistada aos Mouros, a título definitivo, por Fernando Magno em 1057. No século XIII, Lamego era um importante centro administrativo e económico, em parte relacionado com a fixação de um significativo núcleo de judeus que se dedicavam ao trabalho de metais, comércio e mesmo medicina. O concelho de Lamego (164 Km2), de topografia bastante acidentada, entre a serra de Montemuro e o Douro, é essencialmente agrícola. Produz vinhos afamados, fruta, cereais e carnes, nomeadamente porcos, de que se faz o saboroso presunto.
A cidade de Lamego, situada na zona vinhateira do Douro, conheceu um período de prosperidade (século XVIII a meados do XIX) ligado ao apogeu do vinho do Porto. Depois da filoxera e com a alteração dos circuitos comerciais, a cidade perdeu parte da função de entreposto, vivendo bastante da população flutuante que frequenta os estabelecimentos de ensino secundário e pela que presta serviço na importante unidade militar.
Possui destilarias de aguardente e importantes caves vinícolas, que, inclusivamente, produzem um vinho espumante muito apreciado. Do ponto de vista monumental, a cidade é muito rica. A
é um edifício muito antigo que foi sujeito a imensas e profundas alterações ao longo dos tempos. Da época medieval subsistem o castelo - o conjunto de muralhas, a torre de menagem quadrangular e a cisterna - e a igreja de Almacave , templo românico já fora dos muros. Dos finais do século XVI, princípios do XVII, embora com adornos interiores de talha barroca posteriores, são as igrejas de Santa Cruz e do Desterro . O período do Barroco é, de facto, o mais bem representado tanto na arquitectura civil - diversos palácios - como na religiosa. Merecem, no entanto, destaque o Paço Episcopal, hoje museu , e o Santuário da Senhora dos Remédios , situado na colina fronteira ao morro do castelo, com uma escadaria monumental e a igreja já rocaille, porque a construção, iniciada nos meados do século XVIII, se prolongou até ao XX.
XVIII, se prolongou até ao XX.

Lamego - Portugal



Santuário de N. S. dos Remédios


No sítio onde está situado actualmente o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios existia antigamente outro local de diversão: desde 1361 que o povo acorria à capelinha dedicada a S.to Estêvão, peregrinando ao longo do desnível de 600 metros até atingir o cimo do monte. Em meados do Séc. XVI o pequeno templo ameaçava ruínas, o que levou o Bispo da cidade, D. Manuel de Noronha, a mandar construir nova igreja, à qual acrescentou nova devoção: uma imagem da virgem com a menina ao colo, que mandara trazer de Roma por ser considerada na «cidade santa» como grande remediadora dos males de que os crentes se lhe queixavam. Mas enquanto a virgem ia respondendo aos apelos dos crentes aflitos, conseguindo remédio para os seus males, o santo parece ficar esquecido das súplicas dos devotos, caindo no esquecimento.
No dia 4 de Agosto de 1748 foi eleita uma comissão para constituição da confraria que deveria providenciar a edificação de um Santuário dedicado, em exclusivo, à famosa Senhora dos Remédios. Dois anos depois, no dia 14 de fevereiro, procedia-se ao lançamento da primeira pedra para a construção. Entretanto, arrastaram-se as obras devido à sumptuosidade que lhes foram querendo imprimir, tendo apenas terminado em setembro de 1905. O altar-mor ostenta um trono com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios. Os dois altares laterais são dedicados aos pais da virgem , São Joaquim e Santa Ana. Os azulejos que recobrem as paredes contam a História da virgem e estão assinados por Miguel Costa, de Coimbra. Atente na decoração da fachada: cada espaço possível foi ocupado, não deixando nenhuma parte da parede vazia. Atreva-se a descer o escadório composto por 686 degraus. O primeiro patamar, conhecido por Pátio dos Reis, representa 18 monarcas e sacerdotes de Israel pertencentes à árvore genealógica da Virgem. A decoração de cada patamar e as sucessivas variações de perspectiva, ajudarão a amenizar a peregrinação. E lembre-se que ainda mais difícil seria subi-los... Se visitar Lamego em Setembro, saiba que, entre os dias 6 e 8, se realiza a grande romaria iniciada por D. João VI, considerada a «romaria de Portugal». Um dos momentos altos de festa em honra da Senhora dos Remédios é a procissão do Triunfo: O andor é transportado por juntas de bois, com os carros magnificamente engalanados.
Ao fundo do escadório abre-se a Avenida Dr. Alfredo de Sousa. Dir-se-iam duas artérias diferentes, devido a uma placa central separadora decorada com esculturas, colocadas em espelhos de água. Essas figuras que aí estão representam as 4 Estações do Ano.
No final da avenida existem igualmente mais duas figuras femininas que seguram potes de onde jorram água. Essas figuras pela forma de como foram esculpidas levaram a chama-las de «cochichos», visto estas darem a entender que estão a falar uma ao ouvido da outra.






Cidade de Lamego

20 de abril de 2008

O Palácio da Pena - Sintra - Portugal






O Palácio da Pena


O Palácio da Pena. ou «Castelo da Pena» como na gíria popular é mais conhecido, constitui o mais completo e notável exemplar da arquitectura portuguesa do Romantismo. Está situado num dos cumes fragosos da Serra de Sintra e integra-se de modo inesperadamente feliz no seu tecido natural de verdura e penedia, atestando as potencialidades estéticas do projecto. O Palácio remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885) adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete, segundo a sua apurada sensibilidade de romântico.

Chamado a dirigir as obras, o Barão de Eschewege levou à pratica as intenções revivalistas do soberano, erguendo em torno das ruínas entretanto restauradas um magestoso «pastiche» inspirado nos palácios e castelos da Baviera. Fantasiosa em extremo, a fábrica arquitectónica da Pena colhe nos «motivos» mouriscos, góticos e manuelinos da arte portuguesa muito da sua inspiraçáo, bem como no espírito Wagneriano dos Castelos Schinkel do Centro da Europa. Notar que, do anterior convento do século XVI foram preservados o claustro manuelino e na capelal um célebre retábulo renascentista do escultor Nicolau Chanterene.

Palácio Nacional de Sintra - Sintra - Portugal




Palácio Nacional de Sintra



Localizado na
freguesia sintrense de São Martinho, o Palácio Nacional de Sintra (também conhecido como Palácio da Vila) foi palácio real e é hoje propriedade do Estado português, que o utiliza para fins turísticos e culturais. É um palácio urbano, cuja construção iniciou-se no século XV, sendo o autor desconhecido.
Apresenta traços de arquitectura
medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitectura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias.
O Palácio foi utilizado pela família real portuguesa praticamente até ao final da
Monarquia, em 1910.

Evolução
Foi reedificado no
século XV por D. João I, apesar da existência de um outro palácio mais rudimentar que terá sido doado pelo rei D. João I ao conde de Seia, em 1383, voltando para a posse real pouco depois.
Em
1489 foi iniciada uma campanha de obras que visaram aligeirar a massa da construção e enriquecer a decoração interior, aplicando-lhe azulejos andaluzes. Entre 1505 e 1520 ergueu-se a chamada ala manuelina e, em 1508, teve início a construção da Sala dos Brasões.
Durante o reinado de
D. João III (meados do século XVI), edificou-se o espaço entre as alas joanina e manuelina. No século XVII, sob a orientação do conde de Soure, procedeu-se a obras de alteração e ampliação e, entre 1683 e 1706 (reinado de D. Pedro II), renovaram-se as pinturas dos tectos de alguns compartimentos.
Em
1755 foram realizadas importantes obras de restauro, no seguimento dos danos causados pelo terramoto, e edificada a ala que vai do Jardim da Preta ao Pátio dos Tanquinhos. Nova campanha de decoração foi levada a cabo em 1863.
Nos últimos anos do regime monárquico foi a residência de verão da rainha-mãe
D.Maria Pia de Sabóia, a última habitante régia do Paço da Vila de Sintra. Aqui tiveram lugar várias recepções oferecidas pela rainha-mãe aos estadistas que visitavam o seu filho, como o Imperador da Alemanha, Guilherme II ou o Presidente Loubet de França, entre outros.
O palácio foi classificado como
Monumento Nacional em 1910.

Palácio Nacional de Sintra - Sintra - Portugal




Douro - Portugal




Cascata na margem direita do Douro - Douro Superior - Portugal



18 de abril de 2008

Rio Tua - Portugal


Rio Tua

Afluente da margem direita do rio Douro onde desagua junto à localidade de Tua (com o mesmo nome do rio), o rio Tua resulta da junção de dois outros rios: o rio Tuela e o rio Rabaçal. A junção ocorre a 3 quilómetros a norte da cidade de Mirandela. O Rio Tuela e o Rio Rabaçal nascem em Espanha, sendo que o Tuela nasce em Castela-Leão e o Rabaçal na Galiza, entrando ambos em Portugal através do concelho de Vinhais. Os dois rios têm uma extensão semelhante, e ambos contam com dois afluentes que correm paralelos a eles, também estes com distâncias semelhantes: o Rio Mente no Rabaçal, e o Rio Baceiro no Tuela. A foz destes rios afluentes localizam-se também no concelho de Vinhais. O Rio Mente faz inclusivamente num breve trecho do seu curso a fronteira entre Portugal e Espanha, na zona portuguesa de Vinhais denominada de Lomba. O Baceiro por seu lado delimita também numa distância reduzida os concelhos de Vinhais e de Bragança, numa zona que envolve uma das maiores manchas de carvalho da Península Ibérica. Os rios Tuela e Rabaçal seguem os seus cursos paralelos um ao outro, seguindo o primeiro de Vinhais para o concelho de Mirandela, e o segundo de Vinhais para os concelhos de Valpaços e de Mirandela.
O rio Tua tem sido um rio muito mal tratado. Para além das descargas dos esgotos residenciais, no
Cachão (aldeia situada a 13 kms a sul de Mirandela) ainda hoje o rio recebe, sem qualquer tratamento, o que sai pelos esgotos das empresas que se instalaram no ex-Complexo Agro-Industrial do Cachão (com excepção para o Matadouro industrial, que ao fim de muitos anos tem uma ETAR em funcionamento).
Com uma vista deslumbrante, pode ser contemplado em todo o seu esplendor numa viagem de comboio na
Linha do Tua, entre Mirandela e a aldeia do Tua, junto à foz do Rio Tua no Douro. Esta linha ficará submersa se for construída a barragem prevista para 2009 o que constituirá uma perda irreparável. É considerada uma das mais bonitas do mundo.
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olharesmil

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