“A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.”

25 de abril de 2008

Peso da Régua - Douro - Portugal


Peso da Régua - Douro - Portugal.



Lamego - Portugal




Cidade de Lamego


Cidade e sede de concelho do distrito de Viseu, situa-se na margem esquerda do rio Balsemão, no sopé nordeste da serra de Montemuro, 12 km a sul do rio Douro. Povoação de origem muito remota era um núcleo muito importante e chegou a ser sede de bispado no período suevo (século VI) e visigótico. Foi reconquistada aos Mouros, a título definitivo, por Fernando Magno em 1057. No século XIII, Lamego era um importante centro administrativo e económico, em parte relacionado com a fixação de um significativo núcleo de judeus que se dedicavam ao trabalho de metais, comércio e mesmo medicina. O concelho de Lamego (164 Km2), de topografia bastante acidentada, entre a serra de Montemuro e o Douro, é essencialmente agrícola. Produz vinhos afamados, fruta, cereais e carnes, nomeadamente porcos, de que se faz o saboroso presunto.
A cidade de Lamego, situada na zona vinhateira do Douro, conheceu um período de prosperidade (século XVIII a meados do XIX) ligado ao apogeu do vinho do Porto. Depois da filoxera e com a alteração dos circuitos comerciais, a cidade perdeu parte da função de entreposto, vivendo bastante da população flutuante que frequenta os estabelecimentos de ensino secundário e pela que presta serviço na importante unidade militar.
Possui destilarias de aguardente e importantes caves vinícolas, que, inclusivamente, produzem um vinho espumante muito apreciado. Do ponto de vista monumental, a cidade é muito rica. A
é um edifício muito antigo que foi sujeito a imensas e profundas alterações ao longo dos tempos. Da época medieval subsistem o castelo - o conjunto de muralhas, a torre de menagem quadrangular e a cisterna - e a igreja de Almacave , templo românico já fora dos muros. Dos finais do século XVI, princípios do XVII, embora com adornos interiores de talha barroca posteriores, são as igrejas de Santa Cruz e do Desterro . O período do Barroco é, de facto, o mais bem representado tanto na arquitectura civil - diversos palácios - como na religiosa. Merecem, no entanto, destaque o Paço Episcopal, hoje museu , e o Santuário da Senhora dos Remédios , situado na colina fronteira ao morro do castelo, com uma escadaria monumental e a igreja já rocaille, porque a construção, iniciada nos meados do século XVIII, se prolongou até ao XX.
XVIII, se prolongou até ao XX.

Lamego - Portugal



Santuário de N. S. dos Remédios


No sítio onde está situado actualmente o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios existia antigamente outro local de diversão: desde 1361 que o povo acorria à capelinha dedicada a S.to Estêvão, peregrinando ao longo do desnível de 600 metros até atingir o cimo do monte. Em meados do Séc. XVI o pequeno templo ameaçava ruínas, o que levou o Bispo da cidade, D. Manuel de Noronha, a mandar construir nova igreja, à qual acrescentou nova devoção: uma imagem da virgem com a menina ao colo, que mandara trazer de Roma por ser considerada na «cidade santa» como grande remediadora dos males de que os crentes se lhe queixavam. Mas enquanto a virgem ia respondendo aos apelos dos crentes aflitos, conseguindo remédio para os seus males, o santo parece ficar esquecido das súplicas dos devotos, caindo no esquecimento.
No dia 4 de Agosto de 1748 foi eleita uma comissão para constituição da confraria que deveria providenciar a edificação de um Santuário dedicado, em exclusivo, à famosa Senhora dos Remédios. Dois anos depois, no dia 14 de fevereiro, procedia-se ao lançamento da primeira pedra para a construção. Entretanto, arrastaram-se as obras devido à sumptuosidade que lhes foram querendo imprimir, tendo apenas terminado em setembro de 1905. O altar-mor ostenta um trono com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios. Os dois altares laterais são dedicados aos pais da virgem , São Joaquim e Santa Ana. Os azulejos que recobrem as paredes contam a História da virgem e estão assinados por Miguel Costa, de Coimbra. Atente na decoração da fachada: cada espaço possível foi ocupado, não deixando nenhuma parte da parede vazia. Atreva-se a descer o escadório composto por 686 degraus. O primeiro patamar, conhecido por Pátio dos Reis, representa 18 monarcas e sacerdotes de Israel pertencentes à árvore genealógica da Virgem. A decoração de cada patamar e as sucessivas variações de perspectiva, ajudarão a amenizar a peregrinação. E lembre-se que ainda mais difícil seria subi-los... Se visitar Lamego em Setembro, saiba que, entre os dias 6 e 8, se realiza a grande romaria iniciada por D. João VI, considerada a «romaria de Portugal». Um dos momentos altos de festa em honra da Senhora dos Remédios é a procissão do Triunfo: O andor é transportado por juntas de bois, com os carros magnificamente engalanados.
Ao fundo do escadório abre-se a Avenida Dr. Alfredo de Sousa. Dir-se-iam duas artérias diferentes, devido a uma placa central separadora decorada com esculturas, colocadas em espelhos de água. Essas figuras que aí estão representam as 4 Estações do Ano.
No final da avenida existem igualmente mais duas figuras femininas que seguram potes de onde jorram água. Essas figuras pela forma de como foram esculpidas levaram a chama-las de «cochichos», visto estas darem a entender que estão a falar uma ao ouvido da outra.






Cidade de Lamego
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