“A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.”

31 de outubro de 2008

Quinta dos Loridos - Bombarral - Portugal

Quinta dos Loridos



João Annes de Lourido, a quem o Mosteiro doara terras junto ao Bombarral, talvez tenha sido o primeiro proprietário da Quinta dos Loridos, por volta de 1430. Nos finais do sec. XV, aparecem em Lisboa os Aifaitati ou Lafetas, familia de banqueiros italianos, proveniente da cidade de Cremona, que controlavam uma das mais poderosas companhias internacionais, com sucursais em Roma, Portugal, Espanha, Flandres, Inglaterra e França.Associados ao comércio do açucar da ilha da Madeira, e, logo após o regresso de Vasco da Gama, em 1499, ao tráfico de especiarias, fixam-se na zona de Óbidos, tendo construído casa de campo na Quinta dos Loridos doada por El Rei D. Manuel I, no ínicio do sec.XVI. Na actualidade, a imagem quinhentista ainda é marcante na organização espacial das construções, nos jardins em socalcos, e particularmente, no portal " Paladiano " do corpo central do edifício, de inspiração obviamente colhida na Itália do sec.XVI. Curiosamente a casa dos Aifaitati em Cremona apresenta um portal idêntico.Em meados do sec. XVIII, a Quinta dos Loridos é propriedade da familia Sanches de Baena, da qual o portal de entrada apresenta uma pedra de armas. Esta familia, ao adquirir a Quinta, procedeu a alterações exteriores de grande impacte visual e clara filiação barroca, de que é exemplo a entrada e capela. Em 1834, o Capitão João Pedro Barboza compra a Quinta dos Loridos. O seu filho, José António da Silva Barboza quis deixá-la em testamento a um pároco, que a recusou, pedindo-lhe que deixasse ao primo, Albino Herculano da Silveira Sepúlveda, que deste modo a herdou.Os Loridos mantiveram-se na família Sepúlveda até 1989, quando a adquirimos. Desde então foi realizada uma profunda obra de restauro, que inclui a reconstrução dos telhados e interiores, a instalação de uma adega para a produção de um espumante Método Clássico numa antiga adega existente que ainda conserva um lagar de pedra com prensa de " vara " , a construção de uma cave de envelhecimento e a plantação de vinha.

1 comentário:

JOTA ENE ✔ disse...

Ilustre benfiquista, agradeço o teu comentário no meu espaço.

Fiquei encantado com a qualidade da tua galeria... que fotos excelentes. Parabéns!!!

Abraço!

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olharesmil

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