“A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.”

20 de outubro de 2008

Sintra - Portugal



Sintra Património da Humanidade



CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA - "VILA VELHA"



FONTE MOURISCA


Edificada em 1922, segundo projecto de Mestre José da Fonseca,a Fonte Mourisca substituiu o antigo Chafariz da Câmara, com o intuito de valorizar a entrada de Sintrae de «dignificar a águamais apreciadade Sintra». Com o alargamento da estrada, em 1960, o fontanário foi desmontado. Vinte anos depois, a Câmara Municipal de Sintra reergueu o monumento, não no seu primitivo lugar, mas uma vintena de metros mais adiante, em plena Volta do Duche. A sua grandiosa arquitectura revela certo formalismo académico, característico, aliás, do modernismo revivalista dos anos 1920. De facto, como o próprio topónimo indica, trata-se de uma estrutura de desenho neo-árabe. O edifício que alberga o fontanário é "dinamizado" por grande arco em Ferra-dura denticulado, no qual se rasgam três outros arcos em ferradura, também dentea-dos e emoldurados por azulejos neo-mudéjares, impondo-se ao centro, a pedra d`armas do Município. As colunas assentam em socos elevados que as Projectam nos capitéis de geométrica e diferenciada decoração. Esta pétrea composição desenvolve-se por entre azulejos ao estilo mudéjar e de intensa policromia, permanecendo ainda bordejada por possante friso relevado de cariz geometrizante que, no topo, se des-dobra num ático sobressaliente onde assentam merlões escadeados, similares aos do Paço Real. No interior ovóide e cobertura abobadada, as paredes permanecem reves-tidas por azulejos também de inspiração mudéjar. E, ao centro, impõe-se o fonta-nário, cuja bica de bronze emerge de um florão e a água derramada resguarda-se em tanque oval com bordo concheado.



Turismo

Parque da Pena


Fruto da inspiração de D.Fernando II, o Parque da Pena é o resultado das tendências intelectuais e artísticas do sec. XIX, época do Romantismo. Com a colaboração do Arquitecto Barão de Eschwege e do Engenheiro Barão Kessler, D. Fernando elaborou o projecto de todo o Parque, que viria a envolver o Palácio da Pena.Recusando a rigidez formal dos jardins clássicos e considerando o acidentado do terreno, a fertilidade do solo, a singularidade climática da Serra e o carácter dos horizontes, D. Fernando II planeou o parque de modo a este simular uma naturalidade quase perfeita. Para tal, à semelhança dos devaneios arquitectónicos a que se tinha entregue na concepção do Palácio da Pena, inspirando-se em cenários de óperas e em paisagens longínquas, imaginou para o Parque ambientes diversos, contrastantes, em que a presença do insólito e do exótico fosse marcante. De forma a materializar essa idéia, integrou nos seus projectos os vestígios deixados pelos frades Jerónimos, como, aliás, fez também no Palácio. Projectou lagos ligados entre si por cascatas e importou, para as florestas e matas que imaginou, espécies de plantas representativas de vários pontos do mundo - criptomérias do Japão, fetos da Nova-Zelândia, cedros do Líbano, araucárias do Brasil e tuias da América do Norte - a par de exemplares portugueses, num total de mais de duas mil espécies. Disseminou ainda pelo Parque pavilhões construídos nos mais diversos estilos arquitectónicos, fontes, bicas, pequenos recantos e miradouros.


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